31/12 - Las Vegas

O que foi que eu disse?
Dos DOIS testes colhidos em San Diego, nem sombra dos resultados. Não respondem e-mails, o telefone cai em uma caixa postal.
O dia começou bem antecipadamente, com o sono ruim dentro do bumba sendo interrompido pela comoção de um dos inenarráveis passageiros da Greyhound sendo sumariamente expulso do ônibus, em plena rodovia no meio do nada, porque resolveu se mostrar buliçoso com as partes pudendas da mocinha sentada ao seu lado.
Chegando aqui um pouco antes das 6 da manhã, resolvemos ir direto colher agora um teste rápido de covid lááá longe na casa do caralho. Bacaninha, sem filas, e este resultado de fato chegou uma hora depois. Mas, como o voo de amanhã sai às 13:00, foi colhido umas 28, e não 24 horas antes do embarque, e portanto, não aceito pelo programinha de verificação de pré-requisitos para a viagem.
Ao chegar ao hotel, uma pocilga bem meia boca, e ainda assim o preço mais alto da viagem, nada da recepcionista filhadaputinha aceitar ficar com as mochilas até às 3 da tarde, horário do check-in. Desta vez, nenhum dos hotéis ao redor ou até mesmo uma capela de casamentos por impulso quis ser legalzinho de guardá-las para nós. Moral da estória: um único dia disponível para visitar Las Vegas, banho vencido, e até às 15:00 só andando de ônibus pra cima e pra baixo, pra colher novo teste rápido, realizado depois das 13:00, tudo com mochila nas costas. Na terra dos buffets de comida, tomando achocolatado e comendo barrinhas de cereal comprados no supermercado na noite anterior como café da manhã, pra tentar os ficar carregando na pança, não no muque mesmo. Uma das motoristas de ônibus me brindou com um "benvindo de novo", reconhecendo-me de uma jornada anterior.
O resultado do segundo exame também chegou pouco tempo depois, mas o Verifly continua a não aceitá-lo, porque considera o horário de embarque do segundo voo para cálculo das 24 horas, não o da conexão prévia, saindo daqui.
Até deu pra cumprir o roteiro de Las Vegas básico de quem acha maquininha de caça-nîquel um saco, não bebe e não pega puta: fomos a um show de cassino e a um buffet de jantar, ambos o mais baratos encontrados, ambos ainda assim exorbitantemente caros dado o raquitismo do valor de nossa moeda sob o capitão, mas não desprovidos de certo mínimo mérito. A cidade estava festiva, com uma vibração celebratória, mas bem longe de qualquer aglomeração carnavalesca com nêgo tentando te roubar beijo na rua, e deve ter batido perto do zero grau no momento da virada, na última oportunidade que terei tido de passar frio sei lá em quanto tempo agora. 
E, pra fechar o dia em grande estilo, ao voltar ao hotel encontramo-o convertido em cena de crime, com um monte de policiais mal-humorados nos tocando para frente como um rebanho e dizendo aquele "caminhando, caminhando", fitas amarelas de isolamento recobrindo todo o local, porque um dos hóspedes havia achado de bom tom espancar outro até as raias do desfiguramento. Gotas de sangue pelo chão, mas não deu pra fotografar.
Suportável ano novo a todos! Que ele seja breve e, com sorte, desprovido de anos novos subsequentes! 

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